DIVERSOS - GK na 7 cordas / Single-Cobaia

Fala!

 Então, nesse post vou falar sobre a adaptação técnica (aka gambiarra) que fiz para poder utilizar as modelações da GR-55 na 7 cordas de maneira mais efetiva, que, nesse caso, é o que mais me interessa.

 De antemão, segue o vídeo:



 Pois bem, sou fã da 7ª corda, tanto do violão 7 cordas do choro, do samba (inclusive, devido a GR-55, conheci "virtualmente" o grande Luiz Otávio Braga, que faz parte da história do violão 7 cordas no Brasil! Ele também tem uma GR!), quanto a guitarra 7 cordas do technicalprogmetal666djentshredfromhell, haha! Meu primeiro contato com a 7ª corda foi através de um violão nylon Rozini - que pode ser visto em alguns de meus vídeos, como o postado aqui no blog -  logo após passando para a minha primeira guitarra 7 cordas..... uma Telecaster Semi-Acústica! Sempre fui fã de Tecaster's.... ainda mais quando se trata de uma Nashville com B-Bender! Essa guitarra foi feita pelo luthier Fernando Rocha Caetano, que atualmente reside em Pilar do Sul, também aqui do interior de SP (sou de Ibiúna). Admiro muito o trabalho do Fernando!

 Hoje em dia a Tele não se encontra comigo - devido muito as possibilidades sonoras obtidas com a GR-55 - porém agora está em ótimas mãos! O cara que está com essa guitarra é o Cesar Berton, que atualmente é professor da UFPE. Você pode conhecer um pouco do trabalho do Cesar no myspace, no YouTube e por "googleadas" afora. Falando no Cesar, esse arranjo de Frevo - do Gismonti - é ótimo e vale a audição:


 Sou fã da Música do Gismonti! Sou mais fã ainda do Hamilton de Holanda tocando Gismonti!

Então, agora voltando ao assunto do post, na procura de outra guitarra, a única compra que se justificava para mim seria uma guitarra 7 cordas com floyd - apesar de não poder ver Telecaster's na minha frente, kkk - devido as já citadas possibilidades sonoras da GR. Aí entra o primeiro empasse.... o captador é hexafônico e não heptafônico, então, como faz? Pensei no mais obvio...um captador com apenas um polo! Dessa maneira, eu poderia utilizar as modelações da GR-55 somadas ao timbre da captação normal, sendo essa de apenas um polo.

 OK.... e agora? Qual guitarra?

 Legal, após uma pesquisa, vi que as 7 cordas que estariam na minha meta de gasto estipulado seriam a Eagle EGT-66 e a Condor FC-7, sendo a Condor a ideal, por conter o single central, que seria a minha cobaia, hohoho! A minha meta seria uma Schecter..... mas como "não existe mais em lojas do Brasil".... hehe!

 Após essa pré-decisão, 'bora p'ra Teodoro! Rafael, desvie seu olhar das Teles, ok?!

 Na Teodoro, na primeira loja que entrei, já encontro uma Condor FC-450FM usada, já com um Seymour JB na ponte e tal.... como foi a primeira loja, continuei a procurar. Guitarra 7 cordas estava difícil de encontrar! Nas outras lojas, encontrei a Jay Turser, já com uma Floyd Rose Special, mas com um desinteressante acabamento e um timbre sem definição. Encontrei também uma Ibanez S7320, a qual fiquei um bom tempo testando (meu irmão, que me acompanhava, chegou a dizer que eu a levaria), mas, por desencargo de consciência, além de ultrapassar bem o valor que estipulei, fui ver as lojas restantes. Coisas interessantes a citar dessa Ibanez:

 - Ponte Edge-Zero
 - Timbrão definido
 - Braço confortável (sempre achei o braço das Ibanez de uma maneira geral desconfortáveis, e os braços de 7 cordas da marca "retos" demais, mas as ibanez mais novas parecem ter um shape de braço mais interessante...). Em tempo, os braços de 7 cordas mais confortáveis - na minha opnião - são os das Schecter!

 Por fim encontrei também uma Washburn, que mostrou ter um bom acabamento, mas um timbre sem definição e um braço ala Ibanez mais antiga (?), kkk! Sendo assim, voltei a primeira loja.... e lá fiquei, kkk! Acabei adquirindo a Condor mesmo, afinal guitarra "usada" dá menos peso na consciência de alterar. Também gostei do Flamed Maple do top, apesar de leve. Além do mais, a Condor tem o "Single-Cobaia"! O captador original do braço se mostrou interessante, bem como o JB na ponte , mesmo que ambos sem a mesma definição da Ibanez. Mas, como vinha um GK por aí.....

 'Bora alterar então?
(os passos foram feitos em dias distintos, estou apenas os relacionando em um único post)

Depois de remover as molduras dos captadores, regular a altura do lock-nut, dar uma geral na escala e adicionar molas GOTOH (primordial para o bom funcionamento de uma floyd), alterar um pouco a elétrica dela e parafusar os captadores no corpo, retirei os polos do "Single-Cobaia".

"Single-Cobaia", o captador banguela e sua dentadura hexafônica" (clique nas fotos para aumenta-las)

 Retirando os polos dos captadores....





Repare que deixei os polos da 1ª e da 7ª corda. Dessa maneira, poderia utilizar o synth anulando qualquer uma das duas:

                           
                                       Mizinha anulada
Sizão anulado

Um dos problemas em deixar a B anulada é que a pecinha que segura o cabo do hexafônico por vezes bate na corda:


Para isso, bem como para ter maior controle na altura do hexafônico, o que farei futuramente é furar o espaço entre a ponte e o captador para adicionar e parafusar o mesmo, como um captador normal:

                      

Sendo assim, e também devido a testes, resolvi retirar também o polo da B e deixar apenas mizinha com polo/funcional. Um dos grandes baratos da 7 cordas é o peso! Também acho que um timbre da mizinha "estranho" ao resto acaba sendo mais aceitável no resultado final, ainda mais em timbres cleans. Logo:

Ops, foto do celular!

Vale salientar que o fato de ser um captador intermediário foi levado em consideração para a soma dos cleans e, além disso há bons captadores normais na guitarra tanto para uma soma, um blender ou uma utilização padrão. No mais, pronto! 

Faltou o knob, hehe!


Agora um pouco de prós, contras e obsevações:

Prós:
 - Poder utilizar todas as modelações em todas as cordas
 - Vários drops (Drop A \m/) e afinações via ALT-Tuning, uma mão na roda para quem já é habituado a 7 cordas
 - Ótima resposta das modelações no playing e em "Whammy Bar Tricks" (e da-lhe dive-bombs e afins"), como se dá em uma guitarra tradicional
 - Ótima resposta de uma maneira geral

Contras:
 - Ser um single o captador e gerar ruído (da-lhe NS, hehe!). Seria bom se fosse um stack como o da minha strat....
 - Sendo que no clean o som das cordas sem polo não é efetivo, quando com um drive de maior ganho, há uma certa resposta das mesmas, mas nada que atrapalhe, pois o som das modelações é proeminente.

Observações:
 Para somar os timbres, há várias opções, desde as de configuração quanto as físicas. Nesse caso, para mim, as duas maneiras mais interessantes de somar timbres é via volume da própria guitarra ou via GK MIX. 

 Considerações:
 Creio que valeu a pena tal alteração, apesar de uma coisa ou outra, que com o tempo vou resolvendo. Mesmo não sendo necessário um captador 7 cordas para isso, já tinha o interesse em mente (claro que não vou desmontar o stack da minha strat, né?!). O ganho obtido com a vantagem de poder utilizar modelações  foi ótimo e era a minha meta. Cleans ótimos e drives soturnos! E ainda tem os drops e ALT-Tunings caso queira algo mais "normal"... E tem os PCM's ainda, haha! 


 AGORA SÓ ME FALTAM TRASTES JUMBO, PORQUE TRASTES BAIXOS NINGUÉM MERECE, KKKK! 


 Ok, quase ninguém! XD

[ ]'s sintetizados!            

7 comentários:

  1. Amigo, me ajude. Só agora que vi seu post, depois de comprar uma 7 cordas e estou prestes a encomendar minha GR-55. Sem precisar fazer tudo o que vc fez no post, uma vez q sou péssimo em luthieria, ela funciona assim mesmo, apenas deixando de captar uma das 7 cordas. É esse o raciocínio? Me ajuda, por favor.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fala, Mário!

      Sim, quando utilizadas modelações ou PCM's. Em ambos os casos, por se tratar de um captador hexafônico, apenas seis cordas da guitarra serão efetivas.

      Quando utilizado o NORMAL PICKUP, efeitos de ambiência, drives, modelações de amps e outros efeitos advindos das GT-s serão efetivos em TODAS as cordas. Basicamente, em seis cordas todas as opções e possibilidades da GR-55 serão efetivas e, na corda onde não há a captação hexafônica - a que "sobrou" - "apenas" as opções do "módulo GT" da GR-55 serão efetivas, pois não há uma captação individual para a mesma. Lembre-se, você pode somar os timbres modelados com os do NORMAL PICKUP... por isso que eu fiz essa "adaptação técnica" hehe - apesar de nada necessária - para utilizar apenas uma corda da captação normal!

      Um problema que você provavelmente terá é - como citado no post - com o parafuso que segura o cabeamento do hexafônico, pois o mesmo (caso você deixe a 7ª cordas livre) ficará próximo a sétima corda. É provável que você tenha que retirá-lo e utilizar uma fita adesiva para cumprir esse papel.

      Se ficou meio confuso, só falar!

      [ ]'s!

      Excluir
  2. Cara, vc, alem de sacar muito da parada, ainda é muito atencioso. Obrigado de verdade pela ajuda. Já decidi então que vou comprar o gr 55 e usar na minha egt66. Só mais uma pequena dúvida: caso eu não goste de usar na 7 cordas e compre uma outra guitarra 6 cordas, é tranquilo retirar o gk3 da guitarra atual e instalar na nova guitarra? Isso causaria alguma avaria no gk3 ou no(s) instrumento (s)? Abcs...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu, Mário!

      A troca é sossegada, só os parâmetros de regulagem no [SYSTEM] da GR-55 tendem a se alterar, mas os passos transcorrem da mesma maneira.

      Sobre avarias no GK ou no instrumento, você tem a opção de utilizar fita dupla-face (que vem com o GK) para o colar o hexafônico na guitarra. Se você escolher parafusa-lo na guitarra (o que não se faz necessário), além de furar a guitarra, você deve tomar cuidado para não quebrar a base do hexafônico, pois o plastico ali é meio frágil. Entenda por hexafônico apenas a parte que contém os polos, ok?

      O suporte do GK é encaixado no próprio pino de correia da guitarra, logo, não altera em nada a guitarra. Ah, você talvez terá problemas com espaço no case ou na bag, devido ao "componente extra" na guitarra!

      Os procedimentos aqui:

      http://rolandbrasil.com.br/gr55/instalacao.html

      Sabe, talvez você nem queira comprar outra guitarra! Ou queria comprar outra guitarra e outro GK, haha!!!

      É isso, e, precisando, só postar!

      [ ]'s!

      Excluir
  3. Rafael, valeu mesmo. Voltaremos a nos falar após a compra do meu gr 55. :)
    Abraço...

    ResponderExcluir
  4. Oi! Não sei se vc ainda está respondendo as postagens. Mas eu gostaria de saber se há como utilizar de alguma forma modelação e PCM's nas sete cordas no caso dos violões de sete cordas com captadores individuais a exemplo dos RMC? É porque não encontrei uma configuração compatível de captador...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Vinícios! Estou respondendo sim!

      Uma configuração para uma captação heptafônica ainda (assim espero, hehe!) não é possível, sendo a funcionalidade dos PCM's e modelações apenas hexafônica mesmo. Logo, em 6 cordas do violão, o citado irá funcionar! Aliás, em relação a modelações, no 13PIN do sistema RMC - se for o seu caso - as cordas 6 e 7 aparentemente se direcionam ao mesmo pino ( https://www.vguitarforums.com/smf/index.php?topic=3833.0 ). Logo, com uma configuração eficiente do patch, supõe-se que se atinja uma funcionalidade também eficiente.

      Sabe, uma das coisas que eu pensei quando de um sistema como esse que você citou é utilizar um switch para "deslocar" a ação dos captadores, sendo "cordas 2 a 7" ou "corda 1 a 6". Outra coisa seria a anulação de 6 das 7 cordas para uma eventual utilização.... próximo do que cito no post, mas via knob ou switch. Talvez alguns detalhes de natureza técnica necessitariam de alguma alteração, mas, nas minha concepção lógica, isso seria possível/viável.

      Em base, é isso! Mas, qualquer outra questão em que eu puder colaborar, só postar!

      []'s!

      Excluir